Fake news de Lula sobre móveis contra Bolsonaro
A Presidência da República confirmou a localização de todos os 261 itens patrimoniais do Palácio da Alvorada, anteriormente considerados desaparecidos. Este achado põe fim a uma controvérsia que havia inflamado as tensões entre os ex-presidentes Lula e Bolsonaro durante a transição governamental no começo do ano passado.
Durante a transição, Lula e a primeira-dama Janja expressaram descontentamento com o estado da residência oficial, mencionando a falta de alguns móveis após a saída de Jair Bolsonaro e sua esposa Michelle. Alegou-se que essa ausência justificava a aquisição de R$ 196,7 mil em mobiliário de luxo pelo novo governo.
Um levantamento realizado pela Comissão de Inventário Anual da Presidência concluiu que, para o período de 2022, não houve extravio de qualquer bem. Uma revisão subsequente, já sob a administração de Lula no início de 2023, reduziu o número de itens não localizados para 83. Questionada pela Folha de S. Paulo, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência não especificou os locais exatos onde os móveis foram encontrados, informando apenas que se encontravam dispersos pelo palácio, muitos em depósito.
A disputa sobre os móveis iniciou-se com declarações públicas de Lula acerca do estado precário da residência oficial, insinuando que Bolsonaro e Michelle haviam levado itens do mobiliário. Esta acusação foi posteriormente refutada por Michelle, que defendeu a propriedade particular dos móveis e sugeriu até a criação de uma CPI para investigar a questão.
A recuperação dos itens agora confirma que as acusações de Lula não tinham fundamento, reclassificando-as como fake news. Os bens, que incluem móveis, utensílios domésticos, livros e obras de arte, serão reincorporados ao patrimônio da União, disponíveis para futuros ocupantes do Palácio da Alvorada.
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