Sob gestão Lula, Brasil eleva tensões com Israel
Sob a liderança do presidente Lula, o Brasil apresentou um pedido à Corte Internacional de Justiça (CIJ) em Haia, Países Baixos, na última terça-feira (20), instando o tribunal a considerar a ocupação israelense dos territórios palestinos como ilegal. Segundo o governo brasileiro, a persistência desta ocupação desde 1967 constitui uma violação clara das leis internacionais e atenta contra o direito fundamental à autodeterminação do povo palestino.
Maria Clara de Paula Tusco, representando o Brasil em Haia, argumentou que as práticas israelenses nos territórios ocupados, incluindo o confisco de terras palestinas, a demolição de residências palestinas, a expansão de assentamentos israelenses e a construção do muro na Cisjordânia, equivalem à anexação dessas áreas. Ela enfatizou que tais ações, além de alterarem a composição demográfica dos territórios, violam obrigações internacionais e não devem ser normalizadas pela comunidade global.
Referindo-se à Resolução 242 do Conselho de Segurança da ONU de 1967, que proíbe a aquisição de território pela força e ordena a retirada israelense das áreas ocupadas, a diplomata destacou que, apesar dessas diretrizes, a ocupação não apenas persistiu, mas também se intensificou. A construção de colônias ilegais e a anexação de Jerusalém Oriental foram citadas como agravantes da situação.
Ao concluir, a representante brasileira listou expectativas claras para a resolução do conflito, incluindo o fim da ocupação israelense e compensações ao povo palestino pelas violações sofridas. Adicionalmente, apelou para que outros Estados não reconheçam ou apoiem a ocupação israelense dos territórios palestinos.
A decisão do governo Lula de levar Israel à CIJ é vista como um movimento audacioso que coloca o Brasil em uma posição de destaque no debate internacional sobre os direitos palestinos, apesar de gerar controvérsias e preocupações sobre possíveis repercussões nas relações diplomáticas.
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