Ipea destaca o impacto da inflação nos alimentos
Embora a inflação oficial do país tenha mostrado sinais de desaceleração de dezembro de 2023 a janeiro de 2024, as famílias de menor renda enfrentaram um cenário oposto, com um aumento significativo nos preços dos alimentos. O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), evidenciou que a inflação se intensificou para as duas faixas de renda mais baixas em janeiro, em contraste com a redução observada nas demais classes.
Enquanto os preços dos alimentos pressionaram as despesas das famílias mais vulneráveis, o declínio no custo das passagens aéreas beneficiou os estratos mais abastados da população. Para os indivíduos pertencentes à faixa de alta renda (com renda domiciliar superior a R$ 21.059,92), a variação de preços foi praticamente nula em janeiro, registrando uma insignificante alta de 0,04%, uma redução considerável em relação aos 0,62% de dezembro.
Apesar do aumento da inflação em janeiro, as famílias de baixa renda apresentaram o menor índice de inflação acumulada em 12 meses, com 3,47%, enquanto a maior taxa foi observada entre os mais ricos, alcançando 5,67%. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado nos últimos 12 meses até janeiro foi de 4,51%.
Para as famílias de renda extremamente baixa (com renda domiciliar inferior a R$ 2.105,99), a inflação subiu de 0,61% em dezembro para 0,66% em janeiro. Entre as famílias de baixa renda (com renda entre R$ 2.105,99 e R$ 3.158,99), a inflação aumentou de 0,55% para 0,59%.
Ademais, a inflação desacelerou para as outras três classes de renda entre dezembro e janeiro, alinhando-se à tendência geral do IPCA, que diminuiu de 0,56% para 0,42% no período.
Maria Andreia Parente Lameiras, técnica do Ipea responsável pelo indicador, destacou que “o principal vetor inflacionário para as classes de renda mais baixa foram os alimentos e bebidas, refletindo o aumento nos preços dos alimentos consumidos no domicílio, notadamente cereais (6,8%), tubérculos (11,1%), frutas (5,1%) e óleos e gorduras (2,1%)”.
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