Investigação de corrupção no Piauí e o ministro de Lula
No último trimestre de 2023, a revista VEJA trouxe à tona denúncias graves contra Rejane Dias, conselheira do Tribunal de Contas do Piauí e esposa de Wellington Dias, importante ministro do governo Lula. Acusada de corrupção passiva, Rejane viu seu nome envolvido em um intricado caso de locação de veículos com contratos suspeitos, todos sob investigação pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A trama desvendada pelo Ministério Público remonta ao período entre 2015 e 2018, durante o qual Rejane, então Secretária de Educação do Piauí, e Wellington, governador do estado, são acusados de receber vantagens indevidas de uma empresa contratada para transportar estudantes carentes. O acesso ao processo completo por VEJA revelou detalhes comprometedores que estendem as suspeitas de corrupção à filha, ao cunhado e ao próprio ministro Wellington Dias.
Investigações conduzidas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, compiladas em um dossiê de 979 páginas, detalham uma suposta parceria criminosa, que data de 2008, entre o governo do Piauí e empresas de locação de veículos. Este conluio beneficiava aliados políticos e empresariais com contratos públicos, culminando na divisão de lucros ilícitos.
Luiz Carlos Magno, um ex-professor e militante do PT, emergiu como figura central nesta rede ao fundar empresas de locação após deixar seu posto na Secretaria de Educação. Com Wellington Dias e Rejane recorrendo a essas empresas para suas campanhas em 2014, a prática de manipulação de licitações se intensificou com o retorno de Wellington ao governo estadual em 2015. A PF identificou que, sob a gestão de Rejane, empresas ligadas a Magno lucraram mais de 200 milhões de reais, em meio a evidências de superfaturamento e outros ilícitos.
Durante as investigações, a PF apreendeu materiais que expuseram ainda mais a rede de corrupção, incluindo o uso de carros de luxo pela família Dias e transferências financeiras suspeitas. Rejane Dias foi formalmente acusada de integrar uma organização criminosa, além de corrupção e lavagem de dinheiro.
Apesar das inúmeras menções a Wellington Dias no relatório da PF, até o momento, o ministro não figura como investigado. Este caso lança uma sombra sobre o governo Lula, coincidindo com a posição do Brasil no ranking de percepção de corrupção da Transparência Internacional.
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