Controvérsia Eclesiástica: A Excomunhão de um Padre que Desafiou o Papa
Um padre italiano enfrentou a excomunhão após uma declaração polêmica na qual chamou o Papa Francisco de “usurpador anti-papa” durante sua homilia de Ano Novo. Este incidente marca um episódio significativo na contínua tensão dentro da Igreja Católica, refletindo as divisões entre diferentes correntes de pensamento.
Padre Ramon Guidetti, que servia na igreja de São Ranieri em Guasticce, Toscana, fez as afirmações no primeiro aniversário da morte do Papa Bento XVI, descrevendo o atual pontífice, Francisco, de maneira controversa. Seu discurso, que durou mais de 20 minutos, foi registrado em vídeo e amplamente disseminado online.
No vídeo, Guidetti não se referiu ao Papa Francisco pelo seu título papal, mas sim como “Sr. Bergoglio”, acusando-o de ser um “maçom jesuíta” e um “usurpador antipapa”. Comparou, ainda, o olhar de Francisco ao de seu antecessor, referindo-se ao Papa emérito como “o bom Bento” e criticando a aparência de Francisco.
A resposta da Igreja foi rápida e assertiva. Um documento emitido pela diocese detalhou que o padre Guidetti havia cometido um ato cismático ao recusar submissão ao Sumo Pontífice e a comunhão com os membros da Igreja, resultando em sua suspensão ‘a divinis’ e remoção do cargo de pároco.
Apesar da gravidade da situação, Guidetti expressou tranquilidade, embora surpreso com a rapidez da decisão. Em uma entrevista à Rádio Domina Nostra, apresentada por Alessandro Minutella (outro padre excomungado por críticas ao Papa Francisco), Guidetti manifestou tanto orgulho quanto amargura em relação à sua excomunhão, apontando uma rigidez por parte da Igreja.
O pontificado de Francisco, que começou após a renúncia sem precedentes de Bento XVI em 2013, tem se destacado por suas iniciativas progressistas. Essas mudanças, embora acolhidas por muitos, têm provocado desafios significativos junto a segmentos mais tradicionalistas da Igreja. Diversos grupos e indivíduos dentro destes segmentos têm levantado questionamentos sobre a legitimidade da sucessão papal, especialmente em função da maneira incomum como Francisco ascendeu ao papado.
A lembrança de Bento XVI no Vaticano, no primeiro aniversário de sua morte, também foi palco de críticas a Francisco. Gerhard Mueller, ex-prefeito para a Doutrina da Fé, destacou diferenças entre os dois papados, enfatizando que sob Bento XVI certas bênçãos, como a de casais gays, não teriam ocorrido. Mueller enfatizou a necessidade de diversidade de opiniões na Igreja, comparando-a a uma monarquia ou à União Soviética ao criticar a centralização de decisões.
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