Argentina Abandona BRICS e se Alinha aos EUA: Uma Mudança Estratégica na Política Externa
O presidente argentino, Javier Milei, anunciou uma reviravolta na política externa do país. Em um movimento inesperado, Milei enviou cartas oficiais ao presidente chinês Xi Jinping e ao presidente russo Vladimir Putin, comunicando que a Argentina está se retirando do BRICS, um grupo que reúne cinco das principais economias emergentes do mundo: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Essa decisão marca uma mudança significativa no rumo geopolítico da Argentina, que se tornou membro deste bloco apenas em agosto de 2023.
O BRICS, formado inicialmente em 2009, é conhecido por ser uma alternativa aos países desenvolvidos do Ocidente, representando uma voz coletiva em questões econômicas e políticas globais. A entrada da Argentina no grupo, durante a cúpula de Joanesburgo, foi uma decisão controversa desde o início, encontrando resistência de alguns membros como Brasil e África do Sul, que viam a Argentina como uma potencial concorrente no hemisfério sul.
A escolha de Milei de abandonar o BRICS reflete sua posição como defensor do livre mercado e da democracia liberal. Esta decisão sugere uma preferência por alinhar-se mais estreitamente com os Estados Unidos e a Europa, em vez de participar de blocos alternativos que desafiam a ordem econômica tradicional. Além disso, a atitude de Milei também pode ser vista como uma resposta à guerra na Ucrânia e uma condenação à invasão russa, alinhando a Argentina com a postura dos EUA e da Europa em relação à Rússia.
A retirada do BRICS não é apenas uma decisão econômica, mas também um sinal claro de uma nova direção na política externa argentina. Milei parece estar buscando estabelecer uma posição mais crítica em relação a regimes autoritários na América Latina, como Cuba, Nicarágua e Venezuela. A carta de retirada, elaborada pelo Ministério das Relações Exteriores e assinada pelo presidente, foi entregue aos líderes dos BRICS, confirmando que a Argentina não fará mais parte do bloco a partir de 1º de janeiro.
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