Mudanças Rigorosas nas Normas de Eficiência Energética Impactam Preços de Geladeiras
A recente resolução do Ministério de Minas e Energia, publicada na última sexta-feira (8), introduz novas regras de eficiência energética para geladeiras e congeladores de uso doméstico. Essa mudança legislativa estabelece que, a partir do final de dezembro de 2025, apenas refrigeradores com um índice máximo de 85,5% do consumo padrão de energia poderão ser fabricados e importados no Brasil, com um ajuste posterior para 90% até o final de 2027.
O objetivo declarado da medida é promover uma maior eficiência energética, visando a redução do consumo de energia e a diminuição das emissões de gases de efeito estufa. O Ministério estima uma economia de energia de 11,2 terawatt-hora (TWh) até 2030, equivalente ao consumo anual de residências na região Norte do país, e a diminuição de 5,7 milhões de toneladas de emissões de gás carbônico.
Por outro lado, a indústria, representada pela Eletros, associação de fabricantes de produtos eletroeletrônicos, manifesta preocupação com o impacto econômico dessa regulamentação. A entidade prevê um aumento significativo no preço mínimo das geladeiras, ultrapassando a faixa de R$ 5.000, em contraste com os preços atuais que iniciam em torno de R$ 1.500. A exclusão de modelos mais acessíveis do mercado pode afetar diretamente consumidores de renda mais baixa.
Jorge Nascimento, presidente-executivo da Eletros, expressa descontentamento com a medida, alegando que ela pode restringir o acesso a produtos mais baratos, prejudicando principalmente as classes econômicas mais baixas. Ele também menciona que o setor de linha branca já enfrenta desafios, projetando que 2023 será um dos piores anos em vendas na última década para o segmento, que inclui geladeiras, fogões e máquinas de lavar.
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