Idosa Diabética e com Cirurgias na Coluna é Presa Após Atos de 8 de Janeiro
Na noite de sábado, 9 de janeiro, uma ocorrência atípica chamou a atenção em Buritizal, São Paulo. Marlúcia Ramiro, conhecida carinhosamente como Lucinha, de 62 anos, foi detida por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Residente de Guarulhos, Lucinha é uma senhora com histórico médico complexo: diabética e portadora de três cirurgias na coluna, onde foram inseridas placas.
A prisão ocorreu em sua residência e, em seguida, Lucinha foi encaminhada à delegacia de Buritizal. Atualmente, ela está na cadeia pública de Franca, isolada em uma cela. Segundo informações, está prevista sua transferência para a Penitenciária Feminina de Guariba até o final da tarde desta terça-feira, 12 de janeiro.
Valquiria Durães, advogada que está representando Lucinha pro bono, manifestou preocupação com a situação de sua cliente. Segundo Durães, o caso de Lucinha é semelhante ao de outros indivíduos detidos nas mesmas circunstâncias, descrevendo o processo como um padrão de ‘copiar e colar’. Além disso, a advogada ressalta que já se passaram mais de 48 horas desde a prisão e a audiência de custódia ainda não ocorreu.
Durães expressa uma preocupação especial com as condições de saúde de Marlúcia. “Ela precisa de cuidados médicos contínuos, não pode dormir em colchões comuns devido às suas condições de saúde, e está sofrendo há muito tempo”, afirma a advogada. Ela também faz questão de destacar o caráter de Lucinha, descrevendo-a como uma pessoa humilde e alegando não haver justificativa para sua detenção.
Este caso vem gerando discussões acerca do tratamento de pessoas com condições médicas específicas no sistema prisional, bem como sobre os procedimentos legais em situações de prisão relacionadas a protestos e atos políticos.
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