Embaixador de Israel critica posicionamento do PT sobre conflito em Gaza
O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, fez declarações robustas em relação à postura do Partido dos Trabalhadores (PT) sobre o conflito em Gaza. O diplomata expressou dificuldade em reagir à nota do PT, que, embora tenha condenado os ataques do grupo extremista Hamas, acusou Israel de cometer um “genocídio” em Gaza, sem, no entanto, oferecer detalhes que embasassem tal acusação.
“Isso é maneira [de falar] de um partido que fala de direitos humanos? São direitos humanos matar crianças e estuprar mulheres? Esses são os valores que o PT apoia? O apoio aos palestinos é uma coisa, podemos discutir isso, mas apoiar o Hamas?“, questionou Zonshine, demonstrando perplexidade e desapontamento em relação ao posicionamento do partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Cooperação para resgate de estrangeiros
Zonshine também discutiu a complexa operação de resgate de estrangeiros na região conflituosa, enfatizando a necessidade de uma cooperação meticulosa entre as autoridades envolvidas. O embaixador revelou que cerca de 2.000 estrangeiros, incluindo 28 brasileiros, estão aguardando para deixar a área de conflito. O diplomata afirmou que as opções para uma retirada segura ainda estão sendo avaliadas e elaboradas pelas autoridades competentes.
Daniel Zonshine, 65 anos, tem uma carreira diplomática notável. Antes de assumir a embaixada no Brasil em 2021, Zonshine serviu como embaixador em Mianmar e cônsul-geral de Israel em Mumbai, na Índia. Sua vasta experiência também inclui um tempo de serviço no exército, onde atingiu a posição de piloto.
O embaixador israelense não hesitou em discutir o envolvimento externo no conflito, especificamente apontando para o papel do Irã. De acordo com Zonshine, há informações credíveis que ligam o Irã aos ataques realizados pelo Hamas contra Israel. O diplomata afirmou que o Irã teria auxiliado o grupo extremista e, inclusive, enviado aviões carregados de armamentos ao Líbano, visando apoiar o Hamas e o Hezbollah antes de uma ofensiva.
Em suas declarações, Zonshine reforça a complexidade da situação no Oriente Médio, ressaltando as multifacetadas dimensões diplomáticas, humanitárias e de segurança envolvidas no conflito atual.
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